Bomba...

No outro dia, estava na fila para o pagamento de uma das bombas de gasolina mais horrorosas de Lisboa e começo a olhar em meu redor e vejo, de um lado, prateleiras de chocolate, do outro lado, pastilhas elásticas.  
  
Vejamos, tudo com muita cor e embalagens brilhantes. Havia uma arca frigorífica com bebidas: iogurtes, sumos, achocolatados... tudo bastante vistoso e em garrafas com um tamanho considerável. 
Mais atrás, prateleiras com donuts brilhantes, chipicaos e bolicaos.
Então vamos lá... e porquê não ter uma cestinho com fruta no balcão como eu vi no outro dia numa loja de decoração? Hum? Ou umas garrafinhas de água, até podem ser aqueles águas com sabores. Não faz mal! Sim, porque as águas, naquela bomba (e provavelmente em todas) estavam no canto da loja. 

Pois é... andava há algum tempo para escrever sobre este tema: o consumismo pela porcaria que o mercado nos impinge é meio caminho andado para que os nossos hábitos sejam hábitos gordos, barracentos e pouco saudáveis. Não estou fora daqueles que comem chocolates e mascam pastilhas Gorila ou Bubaloo ou Trident mas podíamos ter a opção entre comprar um chocolate ou uma maçã... e não temos. Não, pelo menos, na fila para pagar a despesa com o combustível. 

É interessante verificar que, em muitos aeroporto por que passei, nas lojas de conveniência há sempre muita fruta e esta está espalhada pelo espaço. Pagar uma libra por uma banana é estúpido, mas a banana alimenta e salva a fomeca a muita gente. Já o chocolate, cala a gula que grita de dentro de nós, só e apenas. Entramos no avião e já estamos a salivar por algo com mais gomo. 
Mas também vemos cookies, sandes, refrigerantes... Eles existem lá fora, mas dão a opção às pessoas que por lá passam. Por outro lado, quem espera em Portugal na fila de uma bomba de gasolina só tem a possibilidade de comer guloseimas que fazem entreter o estômago. Já está!


        

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